Aliança Evangélica Brasileira publica Manifesto em Defesa do Meio ambiente

Confira na íntegra o manifesto publicado pela aliança cristã evangélica brasileira em defesa do meio ambiente

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Em virtude dos graves acontecimentos climáticos e ambientais causados inequivocamente pelas queimadas e pelo desmatamento. Reiteramos nosso compromisso por uma participação responsável dos cristãos no cuidado de nossa casa.

Mais de 50 organizações da sociedade civil divulgaram um manifesto em defesa do meio ambiente. Reiteramos nosso compromisso por uma participação responsável dos cristãos no cuidado de nossa casa. Afirmamos que:

  1. No plano original da criação, Deus incumbiu a humanidade de explorar os recursos naturais no sentido de conservar e cuidar deles.
  2. Dentre as atividades desenvolvidas pelo homem estava a nomeação dos animais, entenda-se nesse aspecto o mandato de ordenar e classificar a criação, e, em outro sentido, fazer ciência. Atividade fundamental para o ato de desenvolver e preservar o meio ambiente.
  3. A queda traz consigo os conflitos entre as alteridades: o Criador e a criação, sendo a humanidade parte e responsável desta última. A natureza torna-se “hostil” por conta do pecado humano (espinhos e abrolhos) e desafiadora para o sustento humano (pão com esforço). O pecado humano passa a ser responsável indireto pelos cataclismas e direto pela depredação ambiental.
  4. A natureza aguarda a sua libertação e geme como parturiente pela manifestação dos filhos de Deus. Há uma promessa de novo céu e nova terra onde reinará a comunhão entre Deus e Sua criação, o homem e uma nova natureza restaurada.
  5. Porém entre o já e o ainda não, resta ao cristão (salvo e redimido por Jesus Cristo), viver os valores do Reino de Deus no presente, inclusive a manifestação do amor de Deus pela bondade essencial da Sua criação.
  6. O amor é a característica mais forte do homem e da mulher renascidos em Deus. Amor a Deus, amor ao próximo, amor à criação. Pela cruz somos reconciliados, nós e a criação, com Cristo, e assim, uns com os outros. Nosso relacionamento com Deus nos impulsiona para o cuidado com o outro através do cuidado com o meio ambiente.
Por isso, como cristãos responsáveis por “cuidar do jardim”, esperamos de nossos governantes uma política consistente em defesa do meio ambiente. Sem entrar no mérito da atuação discutível de governos anteriores, que não priorizaram a defesa do meio ambiente em suas políticas públicas, com pesar assistimos atualmente manifestações governamentais que minimizam a destruição de nosso ecossistema com visíveis consequências para o clima e sobrevivência do planeta. Também alertamos que a ciência não deve ser vista como inimiga no processo de defesa do meio ambiente.

Existe quase uma unanimidade mundial sobre a importância da preservação da Amazônia para o equilíbrio do clima mundial. E cientistas brasileiros já destacaram a riqueza da biodiversidade e dos “rios voadores” provenientes da floresta tropical. Inviabilizar a floresta pelo desmatamento e queimada é decretar a pena de morte para vários ecossistemas do nosso país e do planeta.

É tempo de unidade. Mais do que ideologias políticas e interesses econômicos, precisamos defender a vida.

Aliança Evangélica Brasileira

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#AmazôniaNossoÉden: Recursos para se manifestar no Dia da Amazônia

Neste domingo, dia 05/09, será comemorado o Dia da Amazônia!

Por isso, queremos mobilizar lideranças, pastores/as, comunidades, organizações e pessoas evangélicas a se posicionarem a favor da conservação deste bioma tão importante e essencial para grande parte dos povos originários, mas também para a proteção do clima e do meio ambiente.

RECAP elabora Cartilha de Orientação às igrejas a respeito da tese do Marco Temporal

Hoje, 01/09, a votação do PL 490 volta à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF).

O PL 490 apresenta várias ameaças aos indígenas e o ponto mais criminoso deste projeto é a tese do Marco Temporal, a qual alega que as populações indígenas só tem direito às terras das quais já tivessem posse comprovada em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Brasileira, mesmo sendo eles os originários.